Por ocasião do Dia Mundial da Água, que se assinala esta terça-feira (22 de março), os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Sintra (SMAS de Sintra) estabelecem como objetivo, até 2025, a redução do valor de água não faturada para 15%. Uma meta assumida após os SMAS de Sintra terem ficado em 2021, pelo terceiro ano consecutivo, abaixo dos 20%, a percentagem preconizada pela Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR). O valor registado no ano passado, o mais baixo de sempre, foi de 18,3%.
Após 18,7% em 2019 e 18,4% em 2020, os SMAS de Sintra voltaram a reduzir a água não faturada (incluindo as perdas físicas e as comerciais) em 2021, refletindo as boas práticas e a continuidade das ações desenvolvidas na melhoria do sistema de abastecimento de água.
Os SMAS de Sintra mantêm, assim, a trajetória de redução da água não faturada que iniciaram em 2014, então com 30,9%, correspondente a 8.475.162 m3, que se traduziu numa poupança de 3.689.462 m³, quando comparado com os valores registados em 2021.
Para os resultados obtidos nos últimos anos, “tem contribuído o investimento na renovação de infraestruturas de abastecimento de água mais antigas, no sentido de reduzir a ocorrência de roturas”, salienta o presidente da Câmara Municipal de Sintra e do Conselho de Administração dos SMAS de Sintra, Basílio Horta. “A realização destes investimentos, que vão ascender a 32 milhões de euros até 2026, visa o incremento da eficácia e eficiência do sistema de abastecimento de água, no sentido da melhoria da qualidade dos serviços prestados aos munícipes de Sintra”, realça Basílio Horta.
Os principais investimentos, ao nível do abastecimento de água, estão em curso no âmbito da renovação das redes de Algueirão, Mem Martins, Portela de Sintra e Palmeiros/Alto das Falimas.
Para além do investimento na renovação de infraestruturas do abastecimento de água, os SMAS de Sintra têm desenvolvido um intenso trabalho na pesquisa ativa de fugas, através de uma equipa interna e de uma externa, que se traduziu na deteção, desde 2015, de mais de 1.500 fugas não visíveis.
“Os SMAS de Sintra vão continuar a reduzir os níveis de água não faturada, mantendo as rotinas de deteção e localização de fugas, renovação de condutas e ramais, remodelação e impermeabilização de reservatórios, para além de outras abordagens na deteção e eliminação de consumos ilícitos”, acentua o diretor delegado dos SMAS de Sintra, Carlos Vieira.
Os SMAS de Sintra desenvolvem, ainda, o projeto EcoÁgua que visa a reutilização de águas residuais tratadas para fins múltiplos, como a lavagem e higienização de contentores de recolha de resíduos, varrição urbana e lavagem de arruamentos, limpeza e desobstrução de coletores e limpeza de mecanismos de ETAR, e desidratação mecânica de lamas. “O projeto iniciou-se em 2005 e, desde então e até ao final de 2021, o volume total de ApR (Água para Reutilização) utilizada na exploração das ETAR e usos urbanos foi de 3.132.873 m³, o que equivale a uma poupança de 1.696.004€”, adianta Carlos Vieira.
Os SMAS de Sintra são a maior entidade gestora dos sistemas públicos municipais de distribuição de água em Portugal, contando com mais de 191 mil clientes. Estes serviços municipalizados estão a investir, entre 2022 e 2026, mais de 71 milhões de euros na gestão e inovação dos sistemas de água e resíduos.