Devido à necessidade de realização de trabalhos de manutenção no edifício, assim como à montagem e realização de testes dos novos módulos, o espaço gerido pelos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Sintra (SMAS de Sintra) na Ribeira de Sintra vai estar encerrado a partir de 1 de junho e até ao início de julho, com a inauguração do Museu da Água e Resíduos (MAR) agendada para o próximo dia 12 de julho. O encerramento assume-se como indispensável para que sejam reunidas as condições para a criação efetiva do MAR, que se pretende afirmar como um polo de referência a nível nacional na área da sensibilização, educação ambiental e divulgação científica e tecnológica no âmbito do ciclo urbano da água e dos resíduos.
O MAR ocupa o espaço da antiga garagem de carros elétricos, um edifício datado de 1901, que já foi Centro de Ciência Viva de Sintra e que, desde o final de 2021, passou a ser gerido pelos SMAS de Sintra, dada a sua atuação na área ambiental, decorrente das atribuições: abastecimento de água, drenagem e tratamento de águas residuais e recolha e transporte de resíduos urbanos. Desde essa data, o Espaço SMAS da Ribeira de Sintra tem assistido a um conjunto de atividades que assentam na Estratégia Municipal de Educação e Sensibilização Ambiental do Município e se enquadram nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 2030, a agenda das Nações Unidas para o desenvolvimento social, económico e ambiental à escala planetária.
A realização de eventos relacionados com a arte ambiental é um dos objetivos definidos e, nos últimos anos, foram apresentadas várias exposições, como “Monstros Marinhos” e “Mar de Plástico”, promovida pelo CIIMAR-Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Porto; “Splash-Dá um mergulho no Mar de Lixo”, da autoria do fotógrafo e ativista ambiental Nuno Antunes; “Fogo Frio: Prevenir o incêndio usando o fogo”, numa parceria com o Centro de Ecologia Aplicada Prof. Baeta Neves (unidade de investigação do Instituto Superior de Agronomia); “Debaixo d’ Água, de Stephan.Arte; “Cuidado! Invasoras Aquáticas”, desenvolvida pelo Museu Nacional de Ciências Naturais de Madrid, com o apoio da Universidade de Évora.
Apesar do encerramento do espaço, o Dia Mundial do Ambiente (5 de junho) vai ser assinalado ao longo da próxima semana, com a deslocação dos técnicos dos SMAS de Sintra a estabelecimentos de ensino. No dia 4, a EB do Casal do Cotão (Cacém) vai receber a atividade “Ciclo da Água” e, no dia 5, “Há vida no Charco”, que, neste caso, proporciona um pequeno retrato do espaço autossustentável que existe no MAR e que apresenta uma colonização natural, em que os animais e plantas foram surgindo de forma espontânea. Na quinta-feira, dia 6, será a vez da EB1 de Morelena (Pero Pinheiro) ser palco da atividade “Caça aos Resíduos”.
Ainda com o Dia Mundial do Ambiente em pano de fundo, entre 5 e 9 de junho, os SMAS de Sintra promovem, em articulação com a Câmara Municipal, a SintrAmbiente’24-Feira do Ambiente e da Sustentabilidade, que está de regresso ao cenário da Quinta da Ribafria. Durante os cinco dias do evento, os SMAS de Sintra vão promover diversas iniciativas de educação e sensibilização ambiental, como a dinamização do puzzle “Ciclo Urbano da Água” e o jogo “SMAS e o Ambiente”, para além de divulgação do Sistema de Recolha Seletiva de Biorresíduos e do Projeto de Valorização e Reciclagem de Têxteis. O evento vai decorrer, aos dias de semana, entre as 9h00 e as 17h00, destinando-se, em primeira instância, às escolas, enquanto o fim de semana, entre as 14h00 e as 17h00, confere prioridade às famílias.
No sábado, 8 de junho, a partir das 14h30, os SMAS de Sintra promovem ainda o roteiro “A Ribafria e o Ciclo da Água”, guiado pelo historiador João Rodil, em que os participantes vão ficar a conhecer histórias menos conhecidas da Quinta da Ribafria, uma das mais antigas de Sintra, construída no século XVI para morada da única família nobre inteiramente sintrense, os Ribafria. No derradeiro dia, pelas 15h00, terá lugar a ação de sensibilização “Compostagem da Avó Olinda”, em que, através de um quadro encenado pela simpática idosa e pelo seu “vizinho”, o público será sensibilizado para a importância da valorização dos resíduos orgânicos, que darão origem a um composto para utilização em hortas e jardins.