O Orçamento para 2022 dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Sintra (SMAS de Sintra) ascende a 84,6 milhões de euros, com um investimento previsto de 14,5 milhões de euros. Entre 2022 e 2026, o Plano Plurianual de Investimentos dos SMAS de Sintra totaliza 71,9 milhões de euros.

“Os investimentos que integram o Orçamento foram ponderados numa ótica estratégica, com vista ao incremento da eficácia e eficiência, e possibilitam que os SMAS de Sintra continuem a recuperar infraestruturas existentes e obter recursos fundamentais para o exercício da sua atividade”, realça Basílio Horta, presidente da Câmara Municipal e do Conselho de Administração dos SMAS de Sintra, que salienta que “a realização destes investimentos permitirá melhorar o desempenho funcional e obter ganhos significativos do ponto de vista operacional, económico e ambiental”.

Basílio Horta adverte que a realidade económica dos SMAS de Sintra não pode ser dissociada da evolução da economia portuguesa e, apesar da tendência de recuperação, “constata-se um substancial agravamento do custo das matérias-primas e da mão de obra com particular incidência nos custos e na evolução do investimento”. Merece ainda registo “a acentuada carência de mão de obra, que condiciona as empresas externas e os SMAS no recrutamento, o que adicionada ao aumento dos custos dos materiais, da água e do tratamento das águas residuais, coloca problemas sensíveis aos investimentos em curso”.

No capítulo da despesa, ao nível do funcionamento e pessoal, merecem registo os custos da aquisição de água à EPAL, na ordem dos 17,3 milhões de euros; o tratamento das águas residuais entregues ao sistema da Águas do Tejo Atlântico, na ordem dos 11,6 milhões; e o aluguer operacional de viaturas de recolha de resíduos urbanos, no valor de 3,9 milhões de euros.

O investimento a concretizar em 2022 ascende a 14,5 milhões de euros, abrangendo as três áreas de atuação: abastecimento de água, drenagem e tratamento de águas residuais e recolha e transporte de resíduos urbanos.

Ao nível do abastecimento de água, os principais investimentos dizem respeito à renovação das redes de Algueirão, Mem Martins (com origem no reservatório de Ouressa), Portela de Sintra e Palmeiros/Alto das Falimas. Um conjunto de investimentos de remodelação das infraestruturas mais antigas, com maior índice de roturas, no sentido de melhorar a eficiência do sistema de distribuição de água à população.

As intervenções inserem-se, ainda, no objetivo estratégico de prosseguir a redução dos níveis de água não faturada. “Apesar de termos registado a percentagem mais baixa de sempre em 2020 (18,4%), pretendemos manter esta trajetória descendente, tendo como objetivo consolidar um valor abaixo dos 20%”, salienta o presidente da Câmara Municipal e do Conselho de Administração dos SMAS de Sintra.

Outro investimento relevante assenta na expansão e remodelação da rede de drenagem de águas residuais domésticas, em particular na União de Freguesias de São João das Lampas e Terrugem, com intervenções em Areias e Alvarinhos e Silva, Faião, Cabrela e Casais de Cabrela. Também na União das Freguesias de Almargem do Bispo, Pêro Pinheiro e Montelavar, após a conclusão das empreitadas de Camarões e do Emissário de Aruil, encontra-se em fase de arranque a empreitada em Palmeiros/Alto das Falimas. A este nível, está prevista ainda a construção das estações de tratamento (ETAR) de Cabrela e Camarões e a remodelação das unidades de Almargem do Bispo, Azóia e Cavaleira.

 “Está projetado ainda o investimento na rede de ecocentros municipais, com o início da construção de dois em 2022 (Vale Flores e Almargem do Bispo) e conclusão da execução de outros dois projetos (Janas e Massamá Norte), bem como uma alteração profunda da contentorização instalada, o que se traduz num investimento global de oito milhões de euros”, frisa Basílio Horta.

Criados em maio de 1946, os SMAS de Sintra são a maior entidade municipal gestora ao nível do abastecimento de água, com mais de 190 mil clientes, servindo uma população de mais de  385 mil habitantes, distribuídos por uma área de 320 km2. São responsáveis ainda pela gestão dos sistemas públicos de drenagem e tratamento de águas residuais e recolha e transporte de resíduos urbanos a destino final adequado.

Atualizado a 27/12/2021