“Água Potável e Saneamento” é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) em que o concelho de Sintra apresenta melhores resultados, segundo o Relatório do Índice de Sustentabilidade Municipal que foi divulgado recentemente pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião-Local da Universidade Católica Portuguesa. Com um resultado de 89.4% neste indicador, contra 78.5% no país e 76.1% na AML (Área Metropolitana de Lisboa), Sintra afirma-se pela positiva na meta de “garantir a disponibilidade e a gestão sustentável da água potável e do saneamento para todos”.
No âmbito do Dia Mundial do Saneamento, que se assinala este sábado, 19 de novembro, os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Sintra (SMAS de Sintra) reiteram o compromisso de prosseguir a expansão e remodelação do sistema de drenagem e tratamento de águas residuais domésticas no concelho de Sintra, assente atualmente numa rede de coletores e de emissários de cerca de 1030 km, com 17 estações de tratamento de águas residuais domésticas e 26 estações elevatórias. A rede de saneamento a sul do concelho drena para o sistema da AdTA (Águas do Tejo Atlântico).
Nos últimos cinco anos, os SMAS de Sintra investiram cerca de 13 milhões de euros em obras de saneamento, como a execução da rede de Godigana e Carne Assada (Terrugem), ampliação e renovação da ETAR de Vila Verde e reabilitação da ETAR do Magoito, remodelação da rede de saneamento de São Pedro de Sintra, construção do emissário de Aruil e da rede em Camarões (Almargem do Bispo) e execução do subsistema de Barreira, São Miguel e Funchal, entre outras obras.
Em curso estão as intervenções no subsistema de Areias e Alvarinhos (2 milhões de euros), Silva, Faião, Cabrela e Casais de Cabrela (1 milhão e 600 mil euros) e Palmeiros e Alto das Falimas (1 milhão de euros), assim como a construção da ETAR de Cabrela (660 mil euros). Em agenda, para avançar a curto/médio prazo, estão as remodelações das ETAR de Almargem do Bispo (640 mil euros), da Azóia (1 milhão e 100 mil euros) e da Cavaleira (1 milhão e 700 mil euros).
A este nível, os SMAS de Sintra estão apostados em incrementar a reutilização da água residual tratada, dado que já reaproveitam 6% dessa água tratada nas suas 17 estações de tratamento, quando a média nacional se situa nos 2%. Aliás, no âmbito do projeto de reabilitação da ETAR da Cavaleira, os SMAS de Sintra vão reforçar a reutilização da água residual tratada para a rega de espaços verdes do Parque Urbano da Cavaleira e do futuro Hospital de Proximidade de Sintra.
Os SMAS de Sintra continuam, assim, a investir para melhorar o acesso ao sistema de saneamento que é uma das metas definidas nos ODS, a agenda das Nações Unidas para 2030. Uma realidade ainda distante, à escala planetária, porque, segundo a ONU, “mais de metade da população global, 4,2 biliões de pessoas, carecem de saneamento seguro” e “80% das águas residuais geradas pela sociedade voltam para o ecossistema sem serem tratadas ou reutilizadas”.
Constituindo a maior entidade gestora dos sistemas públicos municipais de distribuição de água em Portugal, contando com mais de 195 mil clientes, os SMAS de Sintra estão a investir, entre 2022 e 2026, mais de 71 milhões de euros na gestão e inovação dos sistemas de água e resíduos.