“Para além de ser o maior serviço municipal de abastecimento de água do país, com 195 mil clientes é, sem dúvida, também um dos melhores”. Foi assim que o presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta, destacou o trabalho desenvolvido pelos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Sintra (SMAS de Sintra), durante a cerimónia de homenagem a trabalhadores, que decorreu esta quarta-feira (10 de maio), por ocasião do 77.º aniversário. “77 anos de serviço a Sintra, de serviço ao Estado, de serviço ao interesse coletivo”, reforçou o também presidente do Conselho de Administração dos SMAS de Sintra. Para continuar entre os melhores serviços municipalizados a nível nacional, os SMAS de Sintra têm realizado um significativo investimento no âmbito das suas três áreas de atuação: abastecimento de água, saneamento e recolha de resíduos. “Nos últimos cinco anos, de 2018 a 2022, foram investidos 25 milhões de euros”, sublinhou o autarca.

Entre as obras realizadas nos últimos anos, enunciou Basílio Horta, destaque para 4 milhões de euros em São Pedro de Sintra, na remodelação das redes de distribuição de água e de drenagem de águas residuais, e 2 milhões de euros em Almornos, Mancebas e Fonte da Aranha, em Almargem do Bispo. Em curso estão obras no valor de 11 milhões de euros, com particular destaque para o território da União das Freguesias de São João das Lampas e Terrugem, palco de empreitadas como a construção do subsistema de Areias e Alvarinhos (2 milhões de euros) e a remodelação das redes de água e de saneamento em Silva, Faião, Cabrela e Casais de Cabrela.

O também presidente do Conselho de Administração dos SMAS de Sintra apresentou, ainda, três grandes prioridades para os próximos anos: “a redução das perdas de água, o incremento do reaproveitamento da água residual tratada e o reforço da recolha seletiva de resíduos, com principal enfoque para os biorresíduos”.

Ao nível das perdas de água, o edil recordou que “o caminho trilhado, desde 2014, já se traduziu na redução de 30,9% para 17,7% em 2022”. O objetivo ambicioso está definido: 15% em final de 2025. “Qualquer perda de água, é um desperdício inqualificável e temos de continuar a trabalhar, seriamente, na reparação de condutas”, acrescentou.

No sentido de aumentar o reaproveitamento da água residual tratada, embora Sintra já reutilize 6% nas suas 17 ETAR, quando a média nacional se situa nos 2%, a aposta compreende a remodelação de algumas unidades, como a de Almargem do Bispo, cujas obras já arrancaram, mas, em particular, a da Cavaleira, em que se prevê a reutilização da água que resulta do tratamento na rega dos espaços verdes do Parque Urbano da Cavaleira e, também, do Hospital de Sintra que se encontra em construção naquela urbanização da Freguesia de Algueirão-Mem Martins. Esta empreitada aguarda apenas o visto do Tribunal de Contas para avançar no terreno, num investimento de 1 milhão e 600 mil euros. “Este reaproveitamento das águas residuais tratadas é importante para os SMAS de Sintra e para o país, porque a falta de água é um problema muito sério”, frisou Basílio Horta.

Também o aumento da recolha seletiva de resíduos é um eixo estratégico e, apesar do crescimento registado nas fileiras tradicionais (plástico/metal, vidro e papel/cartão) de 50% entre 2017 e 2022, os SMAS de Sintra estão a dar um impulso no domínio da renovação da contentorização e a implementação do Sistema de Recolha Seletiva de Biorresíduos, “em que Sintra se afirma, claramente, na linha da frente, ao ser o primeiro concelho que abrange todo o seu território com a recolha de biorresíduos”, o que aconteceu no início do último trimestre de 2022.

A cerimónia de homenagem aos trabalhadores, que assinalou o 77.º aniversário, contemplou a atribuição de medalhas de bons serviços e dedicação a trabalhadores com 40 e 25 anos de serviço à causa pública, assim como prestou reconhecimento ainda a quem se aposentou em 2022.

Atualizado a 04/10/2023