O Orçamento dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Sintra (SMAS de Sintra) para 2024 ascende a 94,8 milhões de euros, com a realização de investimentos na ordem dos 16,5 milhões de euros. Entre 2024 e 2028, o Plano Plurianual de Investimentos dos SMAS de Sintra totaliza 76,6 milhões de euros, nas três áreas de atuação: abastecimento de água, drenagem e tratamento de águas residuais e recolha de resíduos urbanos.
Para Basílio Horta, presidente da Câmara Municipal e do Conselho de Administração dos SMAS de Sintra, é “sempre com foco nos nossos munícipes que prosseguimos a renovação de infraestruturas ao nível do abastecimento de água, a construção e remodelação da rede de saneamento e a melhoria da eficiência do sistema de recolha de resíduos urbanos”.
Na área do abastecimento de água, os principais investimentos dizem respeito à renovação das redes em vários pontos do concelho de Sintra. Um conjunto de intervenções de remodelação das infraestruturas mais antigas, com maior índice de roturas, no sentido de melhorar a eficiência da distribuição de água à população, incluindo a requalificação de reservatórios, como o caso da Rinchoa e o Elevado das Mercês.
Estas intervenções inserem-se, ainda, no objetivo estratégico de prosseguir a redução dos níveis de água não faturada. “Essa aposta traduziu-se na redução de 30,9% em 2014 para 17,7% em 2022”, frisa Basílio Horta, que reafirma a meta ambiciosa de, no final de 2025, as perdas de água se situarem nos 15%. “Para o efeito, os SMAS de Sintra vão investir, até 2028, na área do abastecimento de água, cerca de 25 milhões de euros”, sublinha o autarca.
Outro investimento relevante assenta na expansão e remodelação da rede de drenagem de águas residuais domésticas, em particular nas Uniões de Freguesias de São João das Lampas/Terrugem e Almargem do Bispo/Pêro Pinheiro/Montelavar, com intervenções em fase de conclusão em Palmeiros e Alto das Falimas, em Areias e Alvarinhos e em Silva, Faião, Cabrela e Casais de Cabrela.
Para além do arranque da construção da rede de saneamento em Assafora, os SMAS de Sintra vão avançar com a construção das Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alvarinhos e Camarões e concretizarem a remodelação das unidades de tratamento de Almargem do Bispo, Azóia e Cavaleira (que já se encontram em obra).
No domínio dos resíduos, a aposta passa por prosseguir o redimensionamento e reformulação da contentorização, com substituição de equipamentos de superfície por enterrados, em curso em todo o concelho e, por outro lado, incrementar a recolha seletiva, nomeadamente ao nível dos biorresíduos (resíduos alimentares), com o objetivo de, a curto/médio prazo, passar dos atuais 50 mil para 80 mil aderentes.
No capítulo da despesa, o orçamento dos SMAS de Sintra é condicionado, por um lado, pelo acréscimo que resulta das atualizações remuneratórias definidas para a Administração Pública, que se traduzem num aumento de cerca de 1 milhão de euros, e, por outro, pelo agravamento de custos (superior a 1 milhão e 700 mil euros) estabelecido para 2024 pelas empresas Águas do Tejo Atlântico e EPAL, referente, respetivamente, ao tratamento de águas residuais e ao fornecimento de água.
Empenhados em reforçar a atuação ao nível da educação e sensibilização ambiental, os SMAS de Sintra vão inaugurar, durante o ano de 2024, o Museu da Água e Resíduos, que se assumirá como um polo de excelência na área do Ambiente, sensibilizando a comunidade em geral para a adoção de comportamentos ambientalmente corretos, em particular na área do ciclo urbano da água e dos resíduos.
Criados em maio de 1946, os SMAS de Sintra são a maior entidade municipal gestora ao nível do abastecimento de água, com mais de 195 mil clientes, servindo uma população de 385 mil habitantes, distribuídos por uma área de 320 km². São responsáveis ainda pela gestão dos sistemas públicos de drenagem e tratamento de águas residuais e recolha e transporte de resíduos urbanos a destino final adequado.