“O Planeamento e Gestão no Séc. XXI” é o tema da derradeira sessão plenária do 16.º Congresso da Água, que está a decorrer desde terça-feira, no LNEC-Laboratório Nacional de Engenharia Civil, em Lisboa, e que conta com o apoio dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Sintra (SMAS de Sintra). Uma sessão que vai contar com as intervenções do deputado Alexandre Quintanilha; do presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta; do presidente do centro internacional LIS-Water, Jaime Melo Baptista; da inspetora da Autoridade das Condições do Trabalho, Maria Fernanda Campos; e dos professores António Gonçalves Henriques (Instituto Superior Técnico) e Ricardo Reis (Universidade Católica Portuguesa). O evento, organizado pela Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos, termina na sexta-feira com as visitas técnicas ao trilho da Ribeira das Vinhas, em Cascais, e ao Parque Linear Ribeirinho do Estuário do Tejo, em Vila Franca de Xira.
No segundo dia de trabalhos, esta quarta-feira, em que se assinalou o Dia Mundial da Água, tiveram lugar as sessões plenárias “Monitorização e Inovação” e “Ser Sustentável – Viver o Futuro”. Na parte da manhã, esteve em particular destaque a dessalinização, através da intervenção de Nuno Pereira, diretor de produção da Águas e Resíduos da Madeira, que apresentou os contornos do funcionamento da central de Porto Santo. A temática das Smart Cities (Cidades Inteligentes) foi abordada por Miguel de Castro Neto, diretor da NOVA Information Management School, na segunda sessão plenária, apoiada pelos SMAS de Sintra, em que foram apresentados projetos de investigação em vários setores.
Os SMAS de Sintra marcam presença no 16.º Congresso da Água, com o estatuto de maior entidade gestora dos sistemas públicos municipais de distribuição de água em Portugal, com cerca de 195 mil clientes, e assumindo o compromisso de melhorar, cada vez mais, a eficiência hídrica. Para o efeito, traçaram como objetivo, até ao final de 2025, atingir os 15% de água não faturada. Em 2022, registaram 17,7%, o valor mais baixo de sempre. Para além da redução das perdas de água, os SMAS de Sintra querem aprofundar ainda o reaproveitamento da água residual tratada para fins múltiplos, como a rega de espaços verdes, higienização de contentores e lavagem de arruamentos, assim como a limpeza e desobstrução de coletores.
“Viver com a Água” foi o título escolhido para o 16.º Congresso da Água que se pretende assumir como uma referência junto da comunidade científica e técnica e que está a abordar diversas temáticas relativas ao setor, como a seca e a escassez hídrica. “A qualidade da água, as necessidades de água pelos vários setores económicos e ambientais na agricultura e o seu conflito de interesses, as reservas hídricas superficiais e subterrâneas, origens de água alternativas e eficiências e o planeamento do litoral são outros assuntos em destaque, que evidenciam a importância dos recursos hídricos e da forma como vivemos com a água”, salienta a organização do congresso.