O programa de reciclagem de máscaras de proteção permite minimizar o impacte ambiental do seu uso e descarte.
Mas como funciona este programa?
Nas entidades que integram o projeto piloto de Valorização e Reciclagem de Têxteis e Máscaras, existem contentores específicos para a colocação das máscaras de proteção (tanto máscaras cirúrgicas como sociais).
Quando estes contentores ficam cheios, as máscaras são recolhidas pela nossa equipa e encaminhadas para as nossas instalações, onde ficam 14 dias de quarentena por questões de segurança.
Após este período, são entregues na empresa de processamento e reciclagem e aguardam mais 14 dias para garantir a não contaminação.
As máscaras, tal como as luvas e toalhetes são feitos de diversas fibras plásticas, principalmente polipropileno (o mais leve de todos os termoplásticos), que permanecem no ambiente durante décadas, em alguns casos séculos, fragmentando-se em microplásticos e nanoplásticos cada vez mais pequenos, podendo uma só máscara, libertar até 173.000 microfibras, por dia, nos oceanos.
A recolha de máscaras vai ser concretizada nas várias instalações da CMS e SMAS, bem como nas instalações das entidades previstas no projeto piloto, nomeadamente, Junta de Freguesia de Algueirão-Mem Martins, Junta de Freguesia de Rio de Mouro, União das Freguesias de Agualva e Mira Sintra e União de Freguesias de Sintra, estabelecimentos de ensino (2º, 3.º Ciclo e Secundário) e algumas Instituições Particulares de Solidariedade Social, através da disponibilização de contentorização específica.
O projeto visa responder ao problema do descarte de máscaras, resultante da pandemia de COVID 19, fomentando a Economia Circular, em que estes resíduos são transformados em novos produtos.
Neste sentido, para um primeiro contacto com este projeto, os SMAS de Sintra ofereceram um conjunto de enfeites de Natal produzidos a partir de máscaras cirúrgicas recicladas.
Quando os contentores ficam cheios, os sacos são fechados e selados com um autocolante que indica local e data para que, de seguida, cumpra um rigoroso período de quarentena.
As máscaras cirúrgicas são separadas das sociais e das KN95, também conhecidas como bico de pato, que vão para um segundo lote.
Após o período de quarentena, são retirados das máscaras os elásticos e os arames metálicos.
O material não-tecido segue depois para uma linha industrial onde é destruído mecanicamente e através de um processo químico extrai-se o polipropileno (plástico).
Este polímero (polipropileno) tem propriedades que permitem que seja reutilizado vezes e vezes sem conta.
Fonte: https://to-be-green.com/
De acordo com as mais recentes estimativas, são usadas e deitadas fora em Portugal, todos os meses, 150 milhões de máscaras descartáveis.
Se apenas 1% destas 150 milhões de máscaras forem descartadas incorretamente para o chão, além do risco para a saúde pública, cerca de seis toneladas de plástico acabarão no solo, cursos de água e no mar.