Sintra já conta com uma rede municipal de 192 oleões, após a instalação de mais 68 equipamentos. Partindo de um universo de 124 equipamentos, os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Sintra (SMAS de Sintra) deram mais um passo para aumentar a recolha de óleos alimentares usados (OAU), evitando que este resíduo seja depositado nas canalizações domésticas ou nos contentores de resíduos indiferenciados. Nas últimas semanas, foram instalados mais 68 equipamentos, com prioridade para as áreas densamente povoadas de Algueirão-Mem Martins, Agualva/Mira Sintra, Queluz/Belas, Massamá/Monte Abraão, Rio de Mouro e Cacém/São Marcos, para além da União das Freguesias de Sintra e, ainda, São João das Lampas/Terrugem.
Para além do reforço do número de oleões, a rede municipal está a beneficiar de algumas melhorias, com a relocalização de equipamentos com baixa produção e requalificação dos equipamentos já instalados, promovendo, ainda, a sensibilização ambiental para que os munícipes tenham consciência de que, mais do que um resíduo, o OAU é um recurso. Mas, também que 1 litro de OAU pode contaminar 1 milhão de litros de água, o suficiente para a sobrevivência de uma pessoa até aos 10 anos.
Encaminhar os OAU para a rede de saneamento, além de danificar e/ou obstruir as canalizações, favorece o aparecimento de pragas e aumenta os custos de tratamento das águas residuais. A deposição na rede de contentores, por sua vez, provoca situações de insalubridade pública, eventuais derrames para a via pública, e encaminha este resíduo para aterro, contribuindo para o aumento da emissão de gases com efeito de estufa.
A rede concelhia abrange, atualmente, equipamentos na via pública e em mercados municipais, mas também em locais privados de utilização pública, nomeadamente estacionamentos de estabelecimentos comerciais e de várias associações e grupos desportivos, mediante protocolos, no sentido de garantir a sua vigilância.
Em 2021, no concelho de Sintra, foram recolhidas 40 toneladas de OAU, que foram encaminhadas para valorização, visando a produção de biodiesel, mas também como matéria-prima para a produção de tintas, vernizes, sabonetes, velas ou detergentes.
Sintra foi pioneiro na criação de uma rede de recolha de OAU, em 2003, mas, ao longo dos tempos, ocorreram alguns constrangimentos, como derrames para a via pública, a vandalização dos equipamentos, a contaminação e até o roubo do resíduo. Esta situação foi travada com a obrigatoriedade de uso de guias eletrónicas de transporte (e-GAR). Em 2014, quando os SMAS de Sintra assumiram a gestão da rede, os equipamentos foram retirados para que a rede municipal fosse reformulada, o que aconteceu com a instalação de 85 oleões. Com o reforço agora efetuado, Sintra conta com 192 equipamentos.
A rede municipal de oleões está disponível em https://www.smas-sintra.pt/residuos/rede-de-recolha-de-residuos-urbanos/oleoes/
