O Orçamento dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Sintra (SMAS de Sintra) para 2023 ascende a 87,6 milhões de euros, com a realização de investimentos na ordem dos 14 milhões de euros. Entre 2023 e 2027, o Plano Plurianual de Investimentos dos SMAS de Sintra vai ascender a 74,3 milhões de euros, nas três áreas de atuação: abastecimento de água, drenagem e tratamento de águas residuais e recolha de resíduos urbanos. O Orçamento e o Plano Plurianual de Investimentos dos SMAS de Sintra foram aprovados esta quarta-feira, em sede de Assembleia Municipal de Sintra.

Para Basílio Horta, presidente da Câmara e do Conselho de Administração dos SMAS de Sintra, é “a pensar em quem servimos, aqueles que vivem, trabalham e investem em Sintra, que mantemos um caminho de renovação de equipamentos, rede de abastecimento de água, saneamento e resíduos urbanos, assente num plano de longo prazo baseado na idade dos materiais e das infraestruturas”.

Ao nível do abastecimento de água, os principais investimentos dizem respeito à renovação das redes de Algueirão, Mem Martins (com origem no reservatório de Ouressa), Portela de Sintra e Palmeiros/Alto das Falimas. Um conjunto de investimentos de remodelação das infraestruturas mais antigas, com maior índice de roturas, no sentido de melhorar a eficiência do sistema de distribuição de água à população.

As intervenções inserem-se, ainda, no objetivo estratégico de prosseguir a redução dos níveis de água não faturada. “Essa aposta traduziu-se na redução de 30,9% em 2014 para 18,3% em 2021”, frisa Basílio Horta, que reafirma a meta ambiciosa de, em 2025, as perdas de água se situarem nos 15%. “Para o efeito, os SMAS de Sintra vão investir, até 2027, na área do abastecimento de água, cerca de 30 milhões de euros”, sublinha o autarca.

Outro investimento relevante assenta na expansão e remodelação da rede de drenagem de águas residuais domésticas, em particular nas Uniões de Freguesias de São João das Lampas/Terrugem e Almargem do Bispo/Pêro Pinheiro/Montelavar, com intervenções em curso em Palmeiros e Alto das Falimas, Areias e Alvarinhos, Silva, Faião, Cabrela e Casais de Cabrela, para além da construção da ETAR de Cabrela. A este nível, está prevista ainda a construção das ETAR de Alvarinhos e Camarões e a remodelação das unidades de Almargem do Bispo, Azóia e Cavaleira.

No domínio dos resíduos, a aposta passa por prosseguir a reformulação da contentorização, com substituição de equipamentos de superfície por enterrados, em curso em todo o concelho, e, por outro lado, incrementar a recolha seletiva, nomeadamente ao nível dos biorresíduos (resíduos alimentares), que recentemente foi alargada à totalidade do território concelhio.

No capítulo da despesa, o orçamento dos SMAS de Sintra é condicionado, por um lado, pelo acréscimo que resulta das atualizações remuneratórias já definidas para a Administração Pública, que se traduzem num aumento de cerca de 1 milhão de euros, e, por outro, pelo agravamento de custos (superior a 1 milhão e meio de euros) já anunciado para 2023 pelas empresas Águas do Tejo Atlântico e EPAL, referente, respetivamente, ao tratamento de águas residuais e ao fornecimento de água.

Criados em maio de 1946, os SMAS de Sintra são a maior entidade municipal gestora ao nível do abastecimento de água, com mais de 195 mil clientes, servindo uma população de mais de 385 mil habitantes, distribuídos por uma área de 320 km². São responsáveis ainda pela gestão dos sistemas públicos de drenagem e tratamento de águas residuais e recolha e transporte de resíduos urbanos a destino final adequado.

Atualizado a 09/12/2022