Atualmente a viver em Santarém, onde procurou refúgio para um contacto mais estreito com a natureza, Miguel Palma aborda, nos seus trabalhos, o desenvolvimento tecnológico e a sua relação com o ambiente, a ideia de poder, a ecologia, a religião ou a máquina. Apresentado em várias vertentes, a sua arte desenvolve-se sob a forma de desenho, escultura, instalação, vídeo e performance. Assumindo-se como um dos melhores artistas da sua geração, as suas obras levam-nos a associar dois contextos, tecnologia e ambiente. Palma apropria-se das narrativas de uma modernidade em permanente questionamento para melhor refletir sobre o presente. O seu fascínio por ícones da modernidade clássica é evidente: o mundo da aviação, o automóvel, a arquitetura, a natureza e a tecnologia em geral.
A exposição “Linha d’Água” é mais um exemplo da forma como o artista pensa as suas obras de forma única. Numa clara evocação do espaço onde a mesma se insere, é possível trabalhar esta temática enquanto se sente a conexão aos elementos do edifício. Será constituída por uma instalação intitulada “Cascata” com uma dimensão aproximada de 3 metros de comprimento por cerca de 2 metros de altura. Esta nova peça será acompanhada por cinco pinturas, sete desenhos e dois quadros.
O artista (que nasceu em Lisboa em 1964) está representado em inúmeras coleções públicas e privadas, nacionais e internacionais, como: Centre Pompidou (Paris, França); Coleção Berardo (Lisboa, Portugal); Culturgest (Lisboa, Portugal); MAAT (Lisboa, Portugal); FRAC Orléans (Orléans, França); FRAC-Artothèque Nouvelle Aquitaine (Limoges, França); Fundação de Serralves (Porto, Portugal); Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa, Portugal); MNAC (Lisboa, Portugal); Fundação ARCO (Madrid, Espanha); e ASU Art Museum – (Tempe, E.U.A.). Participou em diversas bienais, incluindo: Prospect 1. (Nova Orleães, E.U.A.) e 7th Liverpool Biennial (Liverpool, Reino Unido).